Pesquisa revela que turismo histórico e cultural precisa ser estimulado no Brasil

Pesquisa revela que turismo histórico e cultural precisa ser estimulado no Brasil

Levantamento do Ministério do Turismo divulgado nesta semana aponta tendências e preferências do brasileiro para a temporada de verão 2024.

Um em cada três brasileiros viajará a lazer durante o período de férias de verão. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo divulgada nesta semana, dia 22/01. O levantamento também apresenta a preferência dos brasileiros quanto ao tipo de atração turística. Os destinos de Sol e Praia lideram a escolha de 38% dos viajantes, seguido de natureza e ecoturismo (12%), saúde e bem-estar (8%), aventura (6%), religioso e espiritual (7%), enquanto o turismo cultural e histórico representou 5% da preferência.

No entanto, quando escolheram o destino, os brasileiros indicaram interesse maior em viajar para Salvador (7,1), Fernando de Noronha (6,9), Rio de Janeiro (6,7) e os Lençóis Maranhenses (6,4). Destes quatro destinos preferidos, dois são territórios chancelados como patrimônio cultural mundial da Unesco (Salvador e Rio de Janeiro), sem contar a Ilha de São Luiz, também patrimônio cultural mundial, destino quase obrigatório para quem quer visitar os Lençóis Maranhenses.

Para o presidente da OCBPM, Mário Nascimento, os dados revelam a importância de ampliar a divulgação dos atrativos culturais e patrimoniais. “O turismo em cidades patrimônio cultural oferece uma variedade de atrações, desde a sua arquitetura de importância histórica, monumentos e museus, até a oportunidade única de vivenciar tradições, artesanato, gastronomia e costumes locais. Sem contar que muitas estão localizadas no Litoral”, ressaltou.

A pesquisa trouxe outros insights valiosos sobre as intenções e comportamentos dos brasileiros em relação ao turismo. Por exemplo, 97% dos entrevistados vão viajar no Brasil, com as regiões Nordeste (42%) e Sudeste (41%) liderando os destinos desejados para as férias. Quanto à duração e aos gastos da viagem, 66% planejam uma estadia de até 10 dias, com um ticket médio de gasto estimado em R$ 1.877. O meio de transporte mais utilizado é o carro próprio (45%), seguido por ônibus (29%) e avião (23%).

No que diz respeito à hospedagem, 47% dos entrevistados utilizam redes sociais como a principal fonte de informação sobre destinos turísticos, enquanto 48% realizam compras de passagens e hospedagem pela internet. A pesquisa destaca que 35% ainda recorrem a pontos de venda físicos para suas reservas.

Outro dado relevante destacado pelo presidente da OCBPM, Mario Nascimento, é a percepção do setor enquanto atividade econômica. Conforme a pesquisa, o setor de viagens é a segunda atividade econômica mais importante do país. Em primeiro lugar aparecem empatadas Tecnologia e Comércio com média 9 em uma escala de 0 a 10. Turismo aparece com média de 8,8 empatado com os setores da indústria e da agropecuária.

“A população brasileira reconhece a importância do turismo como atividade fundamental para a geração de novos postos de trabalho e para a geração de renda da população. O turismo perde apenas para a construção civil no ranking que mais emprega. A OCBPM trabalha para fomentar esse potencial através da construção de políticas públicas que ajudem a melhorar a infraestrutura e a promoção, e assim desenvolver todo o potencial turístico que o Brasil possui”, defendeu Mario Nascimento.

De acordo com a pesquisa, de cada 10 brasileiros, seis acreditam que o potencial de exploração do turismo como atividade econômica é alto ou muito alto no país. Além disso, para 79% dos entrevistados o turismo traz mais benefícios para os destinos do que prejuízos. O mesmo percentual acredita que o turismo contribui fortemente para a economia do país, destacando sua importância para a geração de emprego e renda.

A pesquisa, conduzida entre 07 e 11 de dezembro de 2023, entrevistou 2.029 cidadãos a partir de 16 anos em todas as 27 Unidades da Federação, revelando dados relevantes sobre as intenções de viagem dos brasileiros no período de dezembro de 2023 a março de 2024.

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